Bolsas de Criação Artística
A primeira edição do Concurso de Bolsas de Criação Artística, lançado pela Câmara Municipal do Funchal, que se destinar a apoiar criadores que desenvolvam projetos em diferentes áreas: Artes Visuais, Artes Performativas e Escrita.
Este concurso tem como objetivos principais contribuir para a consolidação de atividade de artistas provenientes de múltiplas disciplinas artísticas, e que no Funchal podem encontrar um contexto propício ao desenvolvimento da sua prática profissional. Considerando que a Câmara Municipal do Funchal reconhece que o fomento da criação artística, além de fundamental para o processo de enriquecimento do património cultural, é essencial para garantir a diversidade cultural numa sociedade cada vez mais globalizada, assumindo, as artes uma dimensão constitutiva da identidade do Funchal.
As Bolsas têm a duração de 2 meses de residência no Funchal, sendo atribuído o valor de 5.000 euros por cada.
Open Call
Datas de apresentação de propostas:
02 de janeiro a 31 de março de 2022
Formulário para submissão de propostas: PT | EN
Regulamento das Bolsas de Criação Artística: Regulamento - PT | EN
A proposta deverá conter:
- Formulário de submissão;
- Projeto do trabalho a desenvolver;
- Orçamento discriminado e cronograma financeiro do projeto de trabalho;
- Cronograma de execução do projeto artístico;
- Curriculum vitae do candidato;
- Portfólio e hiperligações para materiais áudio e vídeo, se aplicável;
- Declaração de honra que se encontram salvaguardados os direitos de autor e direitos conexos: Modelo de Declaração - PT | EN
- Compromisso do IBAN, com a conta em nome da candidata ou do candidato.
Submissão de propostas e dúvidas: bolsascriacaoartistica@cm-funchal.pt
Júri do Concurso de Bolsas de Criação Artística 2021
Escrita
Carolina Caldeira
Carolina Caldeira de 36 anos, nascida no Funchal, é uma feliz praticante da arte de coleccionar livros sem moderação.
Licenciada pela Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa é apaixonada por histórias e palavras desde que os pais usavam uma ida à livraria como moeda de troca de bom comportamento. Trabalhou no Oceanário de Lisboa na equipa responsável pelo projecto educativo, e contou histórias a crianças hospitalizadas durante cerca de 7 anos, inicialmente como formadora e colaboradora da Fundação do Gil em Lisboa, depois em regime de voluntariado, no regresso ao Funchal.
Colaborou com a Alavarium XXI em Aveiro onde se iniciou na escrita comercial - guionista e copywriter, o importante era escrever.
No regresso ao Funchal, foi coordenadora e formadora na escola Bemformar, e iniciou a escrita sobre moda, psicologia e cultura pop para as revistas Sísifo e Looks.
Nunca quis ser professora, mas deu aulas de escrita criativa na Escola Ângelo Augusto Silva, e dinamiza ainda hoje workshops sobre o tema.
O seu mais feliz é a escrever para teatro, ainda se belisca ao fazê-lo: criou os originais FlorBela Louca”(2015), “Grito de Esperança”(2017), “Gigante”(2019), e as adaptações “Ano da Morte de Ricardo Reis”(2018), “Snow Queen” (2019) e “Mr Green, Natal outra vez?!”(2020) - levados a cena nas mais nobres salas de espectáculos madeirenses.
É produtora do projecto de revitalização do Mercado dos Lavradores COMO no Mercado, mentora e curadora do festival Fractal.
É presidente da associação do mesmo nome, e continua certa de que parar não é uma opção.
Francisco Fernandes
Francisco J. V. Fernandes nasceu no Funchal em 1952.
Licenciado em Finanças, possui mestrado em Gestão Desportiva e é doutorado em Motricidade Humana, pela Universidade Técnica de Lisboa.
É atualmente presidente do Conselho Geral da Universidade da Madeira.
Encontrando-se aposentado desde 2019, tendo exercido vários cargos na administração dos Aeroportos da Madeira, empresa ANA-Aeroportos de Portugal, à qual esteve ligado cerca de 23 anos. Presidiu durante 7 anos ao Instituto do Desporto da Região Autónoma da Madeira, e foi Secretário Regional da Educação do GR da Madeira durante 11 anos, tendo tutelado a Cultura nos últimos 4 anos das suas funções públicas.
No início da sua vida profissional foi docente de Matemática, Ciências Naturais e Estatística.
Com uma estreita ligação ao Desporto, foi praticante de Basquetebol, técnico e dirigente desta modalidade, tendo sido fundador do Clube Amigos do Basquete.
Dedica-se à escrita tendo mais de três dezenas de livros publicados em diversas áreas, designadamente conto, narrativa, crónica, romance, biografia e literatura infantojuvenil, possuindo vários títulos no Plano Nacional de Leitura e no Plano Regional de Leitura.
Recebeu Menção Especial do Júri do Prémio Literário Edmundo Bettencourt (2002), promovido pela CMF, com o romance A Casa do Penedo da Gaivota.
Vencedor do Prémio Literário António Feliciano Rodrigues (Castilho), 2005, promovido pela Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Funchal, com o conto A Esquina do 95.
2.º Classificado do prémio literário “António Feliciano Rodrigues (Castilho),2013, promovido pela Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Funchal, com o conto Por amor de Izabel.
Artes Performativas
Paula Erra
Nasceu no Funchal, em 1973. Atriz, formadora de teatro e arte-terapeuta. Iniciou os seus estudos de Teatro, em 1989, no Teatro Experimental do Funchal. No mesmo ano, fundou o Grupo de Teatro da Escola Complementar do Til (APEL) – Núcleo de Teatro APEL. Concluiu o I, II, e III Cursos de Diretores/Encenadores e Atores, promovidos pelo sector de Teatro do Inatel. Nos espetáculos em que participou, além de atriz, tem feito assistência de encenação, dramaturgia e direção vocal de atores. É bacharel em Educação de Infância, licenciada em Ciências da Educação e pós-graduada em Arte-Terapia. Fundou o Grupo de Teatro universitário da Universidade da Madeira (posteriormente denominado Laboratório Teatral Académico). Criou e dirigiu a atividade Educação Dramática no Estabelecimento Prisional do Funchal e no Centro de Tratamento da Toxicodependência (Centro de Saúde de Santiago). Escreveu, com Avelina Macedo, o texto Um Outro Caminho. Criou e organizou, com Celina Pereira, o projeto de leituras interpretadas – Céu&Palavras. Integrou o elenco adicional das telenovelas portuguesas: Flor do Mar, Mulheres, Ouro Verde, Jogo Duplo e Bem Me Quer (TVI). Integrou o elenco do programa da RTP1 Cuidado Com a Língua (IX). Criou, em 2013, com Élvio Camacho, a Teatro Feiticeiro do Norte, onde atualmente trabalha. Desde então já levaram à cena os espetáculos mai maiores qu’essei serras a partir de Jorge Sumares, as barrigas também têm dentro a partir de muitos e A Arte de Pagar as suas Dívidas e de satisfazer os seus credores sem gastar um cêntimo a partir de Honoré de Balzac e E. M. de Saint-Hilaire e de muitos mais (criações que fazem parte duma trilogia chamada cirurgia), Agora é diferente de Ana Cristina Pereira, A Pulga Atrás da Orelha de Georges Feydeau, Profecias (de livros proféticos do Antigo Testamento), encenação de Miguel Loureiro e A Síndroma de Stendhal, de Terrence McNally.
Sara Anjo
Sara Anjo (1982, PT) é bailarina e coreógrafa, interessa-se por práticas meditativas e extáticas, sendo as acções de respirar e caminhar as principais. Formou-se em dança pela Academia de Dança Contemporânea (2001). Fez licenciatura em Estudos Artísticos na Faculdade de Letras de Lisboa (2008); pós-graduação em Arte Contemporânea pela Universidade Católica de Lisboa (2011). Tem mestrado em coreografia pela Das Graduate School de Amesterdão (2016).
No seu trabalho interessa-se por desenvolver um teatro sónico, explorando a coreografia e o espaço performativo na sua dimensão sonora. Criou "Ninguém Sabia Contar Aquela História", um espectáculo sobre o feminino em colaboração com 6 artistas (BoxNova CCB 2011); "Paisagens Líquidas", uma dança que viaja pelo Lavadouro Público de Carnide (Teatro do Silêncio 2012); "Em Forma de Árvore", um solo sobre (in)quietude (Negócio-ZDB 2016); "Sacro", uma caminhada magnética (Negócio-ZDB 2018) e "Ilhas - uma constelação" um projecto sobre a geografia e imaginário insular (Lisboa Soa 2020). Actualmente trabalha no projecto Traça - partituras para respirar, caminhar e parar.
Colaborou com Teresa Silva em "Oráculo", com Michelle Moura em "Nós Aqui Neste Passinho" e com o Teatro do Silêncio no projecto "Caminhar".
Tem desenvolvido peças para a infância, onde trabalha a relação entre imaginação figurativa e abstracta a par da sua linha de pesquisa de um teatro sónico. Criou "Tudo no Mundo Começou com um Sim," uma colaboração com o compositor e pianista Filipe Raposo (Fábrica das Artes - CCB, 2016) e as "Estrelas Lavam os Teus Pés" (Fábricas das Artes - CCB 2018). Publicou um livro de autor "Um Ponto que Dança" (2018) com o qual desenvolve oficinas e leituras encenadas.
Artes Visuais
Paulo Sérgio BEJu
Nasceu no Monte / Funchal, em 1971. Em 1999, concluiu a licenciatura em Artes Plásticas – Escultura e, em 2003, pós-graduou-se em Direção Artística, pela ESAP-Extensão de Guimarães. É docente nas disciplinas de Educação Visual, Educação Tecnológica e Oficina de Teatro. Desenvolveu diversos projetos no âmbito da expressão dramática, teatro, cenografia, performance, artes plásticas e curadoria. Realizou várias exposições individuais, na escrita e nas artes plásticas destacou-se com: o 1º prémio no Concurso de Poesia de Abrantes (junho 1996); o 1º prémio do concurso de artes plásticas “Henrique e Francisco Franco” (Calheta, dezembro 2005), atribuído por um júri presidido pela curadora Isabel Carlos; o lançamento do livro “VOA PÓ de Varzim” (Edição Correntes d`Escritas, 2020). Atualmente é responsável pelo projeto galeria.a, na companhia ATEF, exercendo funções de curadoria e serviço educativo.
Tiago Casanova
Tiago Casanova (Madeira, 1988) é artista visual com formação em Arquitectura pela FAUP, onde co-fundou em 2010 a Scopio Magazine. Dirigiu o 1º e 2º Ciclos “A Fotografia na Arquitectura” (2008 e 2009) e em 2009 o “Prémio FAUP de Fotografia de Arquitetura”. A Bolsa FCT para a Integração na Investigação através do CCRE (2008/09) permitiu-lhe explorar a relação entre fotografia e arquitetura através do trabalho que realizou entre 2007 e 2012 em parceria com o Centro de Comunicação e Representação Espacial, do Centro de Estudos da FAUP.
Em 2013 co-fundou a livraria e editora XYZ Books, em 2014 A Ilha (Galeria e Espaço Cultural) e em 2017 o Estúdio Bulhufas.
Expõe o seu trabalho desde 2005, foi um dos vencedores do Prémio Bes Revelação em 2012, do Plat(t)form - Fotomuseum Winterthur em 2014 e recebeu o prémio especial do júri no Festival A 3 Bandas 2015, em Madrid.
É representado pela Galeria Carlos Carvalho.
Multidisciplinar
Duarte Encarnação
Nasci no Funchal em 1975, sou natural de Câmara de Lobos e vivi em Caracas entre 1980 e 1988. Obtive o doutoramento em Artes Visuais e Intermédia pela Universidade Politécnica de Valência, Departamento de Escultura da Faculdade de Belas Artes de San Carlos, Espanha (2010). Atualmente exerço funções docentes com a categoria de Professor Auxiliar no Departamento de Arte e Design da Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade da Madeira.
O meu trabalho consiste na intencional exploração da natureza distópica e utópica do mundo atual, focando particularmente em aspetos como a ficção, a história e as problemáticas associadas ao espaço público como espaço político. Utilizo um híbrido medial entre a escultura, o desenho e a evocação arquitetónica.
Integrei várias coletivas em Portugal e no estrangeiro, entre as quais se destacam: “Eskultura com K”, Museu Henrique e Francisco Franco - Ilhéstico/Porta33 - comissariada por Miguel von Haffe Perez; “Velocidade de Escape”, comissariada por Adonay Bermúdez, MUDAS.Museu de Arte Contemporânea da Madeira; “Riots Panorama”, Gabinete de Dibujos, Valência; “7x1 Usos” H70, Faculdade de Belas Artes de Teruel, Universidade de Saragoça; “AFETOS”, homenagem à Pintora Domingas Pita, Galeria da ESFF, Funchal; “International Drawing Project” (Café Royal
Books) PR1 Gallery, Preston, Reino Unido; “Projecto Lonarte 10”, Calheta; “Linha de Partida”, comissariada por Alexandre Melo, Centro das Artes Casa das Mudas; “Horizonte Móvel”, comissariada por Isabel Santa Clara, MACFunchal; “Ração para animais”, com Bruno Côrte e Susana Figueira, MACFunchal; “International Contemporary youth creation exhibition”, Cheng Shiu University Art Center, Taiwan; “Hybrid Spaces – Hybrid Acts”, FOURNOS, Centre for Digital Culture, Atenas; 2a edição de “V.A.I.A Video Art International d`Alcoi”; “Ida e Volta” com Susana Figueira, Galeria Edicarte, Funchal; MARCA Madeira, Funchal; “Escultura en Plastic”, Grup de Investigació en Process Escultorics, Departamento de Escultura (UPV) Aldaia, Valência; “20 Anos de Artes Plásticas na Madeira”, MACFunchal.
Fui selecionado e distinguido na XXXI edição do “Premio Bancaixa”, IVAM Institut Valencià d ́Art Modern, Valência. Obtive o “1o prémio Henrique e Francisco Franco”, aquisição ex/aequo em Escultura, Casa das Mudas e ainda uma Menção Honrosa na sua 3o edição. Publiquei desenhos em revistas como: FLANZINE #7 “Miopia”; Revista INÚTIL #4 – “Morte”, Lisboa; DXi magazine #45 – “Fuego”. Estou representado em coleções particulares e na coleção do MUDAS.Museu de Arte Contemporânea da Madeira, Casa das Mudas.
Luísa Paolinelli
Nasceu em 1969. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Variante de Português/Inglês), em 1991, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Mestre em Literatura Portuguesa, em 1995, pela mesma Faculdade, com a tese A Doutrina da Guerra nas Crónicas Portuguesas dos Séculos XIV e XV.
É docente da Universidade da Madeira desde novembro de 1994 e prestou provas de doutoramento em Letras, na especialidade de Literatura Comparada, em 2004, na Universidade da Madeira, com a dissertação O Romance Histórico e José de Alencar (Contribuição para o Estudo da Lusofonia), orientada pelo Professor Doutor Fernando Cristóvão, da Universidade de Lisboa, tendo sido aprovada por unanimidade com distinção e louvor.
É autora de vários textos na área da Literatura Comparada, membro do Comité Científico de várias revistas nacionais e internacionais, das quais se destaca a Kamen’ – Rivista di Poesia e Filosofia, na qual tem vindo a publicar a tradução e o tratamento crítico de vários autores lusófonos, que selecionou, traduziu e organizou. É membro e secretária da direção do CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) e do Conselho Científico do CISESG (Centro Internacional de Estudos Europeus Sirio Giannini). É igualmente a coordenadora do Polo CLEPUL na Madeira (“Da Latinidade ao Multiculturalismo”, associado ao “Grupo de Investigação 3 – Multiculturalismo e Lusofonia).